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À G\D\G\A\D\U\ A \ R \ L \ S \ Cavaleiros da Arte Real nº 3245 R\E\A\A\ |
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O Sentido Oculto da Presença do Olho Divino
Gilberto Sobczak M\M\
Loja Cavaleiros da Arte Real 3.245
Gob Pr Curitiba 03/02/00
O sentido oculto da presença do olho, não se restringe, tão simplesmente, a uma presença simbólica de Deus.
Os nossos rituais usam a presença do olho divino, normalmente no grau de Aprendiz na abertura dos trabalhos.
Sabemos que, o Venerável Mestre ordena ao Primeiro Vigilante que cumpra seus dois deveres, único Oficial que possui deveres a cumprir dentro da ritualística de abertura.
Respondendo a pergunta feita pelo Venerável o Primeiro Vigilante diz: Verificar se o Templo está coberto.
Verificar e ver, são sinônimos.
Aqui não se trata de ver se a porta do templo está fechada ou se não há indiscrições estranhas, mas sim se há plena harmonização entre os presentes. Se o Templo que é a nossa divindade individual se encontra a coberto, isto é, isolado das influências profanas, se o nosso ser, a nossa espiritualidade o nosso mundo intimo, esta puro e livre de pensamentos profanos ; se , realmente, estamos acreditando no que fazemos; se nos encontramos com disposição de obedecer, crescer espiritualmente, nos alimentar e sobretudo, estamos em plena harmonia com o Grande Arquiteto do Universo.
O Primeiro Vigilante, usará seu olho espiritual para a verificação que lhe foi ordenada.
A tarefa e função do Primeiro Vigilante torna-se um desempenho diferente daquele feito pelos demais oficiais e dignidades. Ele deverá saber Ver através do Olho simbolizado no Delta para dar a resposta certa.
A Segunda pergunta, o Primeiro Vigilante responderá: Verificar se todos os presentes são maçons.
Esta verificação é mais transcendente, ainda, porque o Primeiro Vigilante terá a responsabilidade da resposta.
Como distinguir um profano de um maçom? Só por que lhe foi permitida a entrada no Templo? Só porque conhece a palavra de passe, alguns sinais de reconhecimento e as primeiras letras do currículo maçônico?
Obviamente que não. Um maçom deverá ser reconhecido, sobretudo, pelo seu aspecto espiritual, sua identificação perfeita com os símbolos de harmonização com o Olho inserido no Delta Luminoso!
Temos portanto, várias funções que emanam do Olho sagrado.
A função dos olhos dentro da ritualística maçônica assume relevante importância, bastando, ao observador, analisar todo e qualquer movimento dentro da Loja compreendendo o seu significado e a sua simbologia.
Nas cerimônias de iniciação, o que notamos desde o início? Que o candidato é mantido de olhos vendados.
Nesta situação de cego é que será introduzido dentro do Templo, onde, apenas, ouve a primeira parte do cerimonial.
O simbolismo de sua cegueira não é difícil de compreender, pois o homem no mundo, apesar de julgar-se capacitado plenamente, sempre perambulará cego, indo de encontro às adversidades sem prevê-las, esbarrando nos obstáculos e assim, sofrendo.
O simbolismo da iniciação deve despertar naqueles que já passaram por ela, a recordação de que antes, viviam na escuridão para assim, poderem apreciar o conforto que a Luz traz a todos.
Ninguém dá valor aos olhos, porque julgamos normal enxergar. Mas que perde os olhos, sabe avaliar o verdadeiro alcance da visão.
Ser cego fisicamente conduz a um estado de retraimento e melancolia.
O que dizer então, da cegueira espiritual?
Se para enxergarmos corpos diminutos necessitamos do auxílio de lentes; se para enxergarmos à distância, precisamos de aparelho eletrônicos (televisão), o que nos reserva o futuro no sentido de vermos além dos planos físicos e penetrarmos nos planos da mente, da consciência, do cosmos e diretamente do desconhecido, que é Deus?
O insistente olhar que nos vem do Delta Luminoso, é uma lição constante de que atrás daquele Olho encontra-se um Ser.
Nós não enxergamos porque temos visão, mas sim, porque nosso organismo humano em seu todo está capacitado a desempenhar a função de ver, ou seja viver através dos sentidos de que somos dotados.
Despertar estes sentidos. Pô-los em funcionamento. Valorizar, assim o complexo humano, é a missão da Maçonaria.